Mulher Operacional

Mulher Operacional é a mulher que possui o perfil e as competências de Inteligência Operacional, cuja doutrina foi desenvolvida por André Soares, visando à formação das Agentes Operacionais, que nada mais são que as mulheres agentes secretos.

Por maximizar as potencialidades femininas, o perfil da Mulher Operacional representa o ápice do aperfeiçoamento da feminilidade e da liderança, constituindo aprendizado inestimável para as mulheres bem-sucedidas, que pretendam o sucesso em suas vidas pessoal, familiar e profissional.

sábado, 6 de abril de 2013

O amor


Artigo de André Soares - 14/08/2010

“Eu te amo!”

Essa, que deveria ser a máxima e universal expressão da comunhão afetiva entre as pessoas é, na verdade, a maior e mais cruel mentira a atingir nossos corações.

Como bem disse Caetano Veloso em sua canção:

“...É um abusar de um santo nome, em vão....ou é a santificação de uma banalidade...”
“Eu te amo!” sempre foi usado pelas pessoas como uma grande blasfêmia contra o próximo, contra si mesmas e contra o próprio amor.

Quanta desilusão, sofrimento e toda a sorte de infortúnios e tragédias são cometidos, em nome do amor!

Amor fraternal, amor paternal, amor maternal, amor ao próximo, amor à pátria, amor romântico.....

Afinal, o que é o amor?

Inúmeras são as respostas, pois em algum momento de suas vidas, todos se convencem imaginar saber o que é o amor.

Os poetas são especialmente célebres em inspiração a nos ajudarem nessa difícil investigação.

Só para citar alguns:

Na visão romântica de Camões (Luís Vaz de Camões)

“Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer...”.

No sentimento apaixonado de Vinicius de Moraes

“E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.”
Na abstração sofrida de Djavan
"Amar é um deserto e seus temores
Vida que vai na sela dessas dores
Não sabe voltar
Me dá teu calor
Vem me fazer feliz porque eu te amo
Você deságua em mim e eu oceano
E esqueço que amar é quase uma dor..."
  
E para você?
O que é o amor?
Tem certeza?

Pois, foi Arlindo Cruz, em sua primorosa lucidez, quem respondeu essa pergunta com sabedoria e grande talento, em sua canção - “o que é o amor”:

“Se perguntar o que é o amor pra mim
Não sei responder
Não sei explicar;
...
Até hoje ninguém conseguiu definir o que é o amor.”
  
Aí está a origem, a explicação e a causa de tantos e terríveis males do amor - a ignorância

“Como querer viver o que se desconhece?”

Significa, portanto, que como o amor é um universo desconhecido, na melhor hipótese, aquele que diz “eu te amo” (mesmo que o faça com sinceridade, pois ainda há os que mentem premeditadamente), em verdade, é um “ignorante confuso(a)”. Ignorante porque fala sobre o que não sabe; e confuso(a) porque está perturbado com a determinação de seus próprios sentimentos.

É importante frisar que não há aqui qualquer intenção em ofender, quem quer que seja. Isso porque, certamente muitas pessoas, assim como você, poderão estar se sentindo meio ofendidas, por estarem sendo qualificadas como um “ignorante confuso(a)”, pois certamente já proferiram efusivamente “eu te amo”, em suas vidas. Mas, verdade seja dita – é isso mesmo.

Quer uma comprovação tácita?

Tem certeza?

Se quiser, pode parar por aqui!

É por sua conta e risco!

Pois bem:

Então, olhe à sua volta e analise todos os casos que você conhece (o seu inclusive) em que as pessoas que alardearam o fatídico “eu te amo” tiveram o final infeliz – a separação (por vezes ainda agravada, pois acompanhada de problemas e tragédias).

Veja, por exemplo, as estatísticas oficiais no Brasil que dão conta de números assombrosos. Mais de 50% dos casamentos terminam em, no máximo, 10 anos. Lembre-se que esses números referem-se apenas às separações oficiais, ou seja, aquelas que foram registradas em cartório e na justiça.

Portanto, o número de separações de fato é assustadoramente maior, pois incluem-se, ainda:

1.    as separações que se deram fato, mas não estão oficializadas, nem registradas,

2.    as separações que evidentemente continuam acontecendo após os 10 anos da pesquisa e, principalmente

3.    os cada vez mais raros casais que não se separam (mas deveriam), pois são casamentos extremamente infelizes.

Estatisticamente, significa que, em se tratando de amor, o fracasso é a regra absoluta. Isso porque esses exércitos de infelizes no amor (a não ser que sejam masoquistas e quiseram o próprio infortúnio) certamente não desejaram esse triste final. Não se duvida que tenham tentado todo o possível para serem felizes no amor.

Por que não conseguiram?

1.    Porque são ignorantes, pois não sabem o que é o amor; e

2.    Porque estão confusos(as) consigo mesmos(as), querendo desesperadamente acreditar que o que eventualmente sentiram era amor – mas não era. E o tempo sempre prova isso aos que “pagam prá ver”.

Tudo isso pode ser muito duro, mas é importante para que as pessoas possam conduzir suas vidas a um destino de realização e não de sofrimento desnecessário.

Amar é, também, uma questão de responsabilidade.

Afinal, o que é o amor?
Enquanto você não souber responder essa pergunta verdadeiramente, sem arroubos delirantes e histéricos, evite enganar e se auto-enganar na irresponsabilidade de dizer “eu te amo”.



Continua...
O amor II - a 'guerra' (clique aqui)


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